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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

MANUAL DE PUBLICIDADE MÉDICA

CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO DISTRITO FEDERAL. Manual de Publicidade Médica. Brasília: Codame, 2005.

“A mulher do Imperador César, além de ser honesta, necessita parecer honesta.”
Desde os primórdios da Medicina, o médico tem, como sua aliada na arte de curar, a confiança que desperta nos pacientes,pois bem sabe que, na recuperação da saúde, a mobilização da fé no curar sempre foi e será indispensável parceira de todo medicamento.
  Confiança, imagem, como ser visto, como mobilizar o paciente,como poder curar.
Não importa se presentes há muito tempo, essa necessidade e esse questionamento atuais estarão na vida profissional dos médicos, pois sempre foi preciso chegar até à mente dos pacientes, propagar as idéias e os conhecimentos da arte de curar, ensinar para a saúde, informar.
 Propagar, propaganda, publicidade, relatório, anunciar, comunicação científica, boletins, entrevistas, meios, mídia e medicina. Onde está a linha demarcatória, a fronteira nesse encontro de duas ciências? O que é e o que não é ético nessa arte de divulgar tudo aquilo que o médico necessita comunicar?
Diante dessa questão sempre atual, neste eterno transformar por que passa a medicina, que os preceitos e as normas da DIVULGAÇÃO DE ASSUNTOS MÉDICOS necessitam ser comunicados de forma didática e educativa. Para isso, a Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos (Codame) do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal elaborou este Manual, no intuito de servir de guia prático e, ao mesmo tempo, fonte de consulta e convite à reflexão preparatória, sempre que os médicos assim o necessitarem. Isso porque, por exemplo, ao adotarem técnicas publicitárias, os médicos estarão sujeitos, além dos ditames do Código de Ética Médica e das resoluções dos Conselhos Federal e Regional de Medicina, aos ditames do Código de Defesa do Consumidor, na forma da Lei n.º 8.078.
Assim, no corpo deste Manual de Publicidade Médica da Codame do CRM-DF, disporemos normas, códigos e leis a fim de elucidar esses questionamentos.

Resoluções, decretos, leis e normas que formam esta coletânea tratam de divulgação, apresentações e propagandas médicas.
A propaganda é a interação e a integração de todos os fatores operacionais de uma empresa e de todas as suas atividades funcionais orientadas para o consumidor de seus produtos, de suas idéias ou de seus serviços. Seus objetivos são tornar ótimos os lucros em longo prazo e prover condições de sobrevivência e de expansão da empresa.
Dentro da área médica, a empresa é o médico, a clínica, o hospital o qualquer entidade prestadora de serviços de saúde que atende ao paciente, nesse caso, o consumidor.
O conceito de propaganda surgiu em 1597, com a Congregação da Propaganda, fundada por Clemente VIII. Organizada por Gregório XV, em 1622, tinha o propósito de cuidar dos negócios da Igreja nos países pagãos e da administração eclesiástica em países nos quais o catolicismo contava com poucos adeptos.
Em sua essência, desde o início, a propaganda se destina à difusão de idéias já consolidadas ou mesmo criadas ou reinventadas. Visa a persuadir o público de aceitar determinado comportamento, com a adoção ativa de certas convicções. Platão (428–347 a.C.) a definiu como “uma forma perniciosa de lisonja”; F. Bacon (1561–1626), reformador intelectual e filósofo inglês, como “poderoso instrumento de fraude” e J. Locke (1632–1704), também filósofo inglês, como “algo voltado para outras considerações que não a verdade”.
A propaganda difere fundamentalmente da idéia de publicidade que surge posteriormente e que tem por objetivo despertar o interesse e o desejo do consumidor (paciente), para que ele se sinta estimulado a procurar por determinado produto (médico, hospital, serviço de saúde).
Tanto a ação da propaganda, de impingir idéias,como a da publicidade, de promover vendas, as duas devem estar atentas às regras de condutas éticas. A infração dessas regras pode prejudicar a atividade médica em geral e a própria população (público-alvo).
Existe uma tendência contemporânea de aceitar e incorporar inovações tecnológicas que muitas vezes são propagadas de forma pouco ética, sem real comprovação científica.A assimilação rápida das novidades divulgadas pela mídia nem sempre é vantajosa, e podemos lembrar numerosos provérbios da sabedoria popular que advertem sobre a cautela na perseguição de objetivos: “Devagar se vai ao longe”; “O ótimo é inimigo do bom”; “O apressado come cru”; “Quem espera sempre alcança.”
Atualmente, porém, o que existe é o privilégio de quem faz primeiro, de quem “bolou” a nova técnica. Estamos num tempo em que a velocidade se sobrepõe à prudência. O que pensam os estudiosos e executivos sobre essa rapidez de divulgação e aceitação de tanta novidade? Citemos alguns:
Erasmo de Rotterdam (1467–1536), filósofo e humanista holandês, dizia que “o ânimo do homem é de tal maneira esculpido, que muito mais lhe agrada a ficção do que a verdade”.
Para Gilbert Highet (1906–1978), escritor escocês, “não existe uma só atividade humana que não seja afetada ou que não possa ser promovida pela comunicação”.
William Bernbach profetiza: “Estamos ocupados demais medindo a opinião pública, e nos esquecemos de que podemos moldá-la. Estamos ocupados demais com as estatísticas, e nos esquecemos que podemos criá-las”.
Bill Johnson, presidente da Heinz Pet Products, considera “a coragem mais barata do que a pesquisa”.
David Ogilvy parece temer a falta de critérios quando diz: “O consumidor não é um idiota. Ele é sua esposa.”
“Os fins justificam os meios”. O que será que o político e escritor italiano N. Maquiavel (1469–1527) diria hoje, quando tantos usam essa frase para justificar, digamos, um certo relativismo ético?
Difícil imaginar, pois, ao mesmo tempo em que as informações circulam com grande rapidez, há indícios de conscientização da mídia sobre a responsabilidade social, também de conscientização das pessoas de não se deixarem seduzir facilmente, de cobrarem por seus direitos de consumidores e cidadãos.
Essa situação nos impôs redigir este manual normativo de divulgação de assuntos médicos.
A primeira citação referente à Comissão de Divulgação encontra-se na ata de posse da diretoria do CRM-DF de 20 de abril de 1976. Esta compunha-se de três membros: Dr Adyr Prates Flores, Dr. Pedro Pablo M. Chacel e Dr. Aderivaldo Cabral.
Em 2 de outubro de 1978, surge a segunda referência à Codame (Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos), da forma e com funções semelhantes às que encontramos hoje. Consta na ata de posse da diretoria do CRM-DF para o período de 2.10.1978 a julho de 1980. Os membros dessa comissão eram: Dr. Aluisio Costa e Silva, Dr. Iphis Campbel e Dr.ª Selma Veloso Barbosa.
A criação oficial da Codame, no entanto, só ocorreu em março de 1999, por meio da Resolução CRM-DF n.º 166/99, de iniciativa do então Presidente do CRM-DF, Dr. Eduardo Pinheiro Guerra.
Hoje, muitos profissionais da saúde reclamam do incômodo e da insatisfação causados por um excesso de marketing nessa área. Isso já seria motivo suficiente para atentarmos para o assunto e tentarmos normatizá-lo.
“Há uma coisa mais forte do que todos os exércitos do mundo: é a idéia cujo tempo chegou.” Nessa frase, o filósofo e escritor francês Victor Hugo (1802–1885) sintetiza a importância de realizar ações no momento certo, pois com o tempo mudam-se os costumes, os comportamentos e as idéias, que precisam ser balizados de forma ética para que não se privilegie ou prejudique determinado grupo em detrimento de outro.
Por tudo isso, a Codame decidiu publicar este manual, para balizar e nortear tudo o que se possa fazer referente à divulgação de assuntos médicos.


Ética e publicidade em saúde

Faz mais de trinta anos, dizia Chacrinha, o Velho Guerreiro: “Quem não se comunica, se trumbica”. Essa é uma frase que, como os bons vinhos, com a ação do tempo fica cada vez melhor. Hoje, com o progresso tecnológico, o mundo transformou-se em pequena aldeia comunicativa.
Nós, médicos, somos freqüentemente solicitados a transmitir informações profissionais por meio dos diversos meios de comunicação. Muitas vezes, é verdade, nós nos ofertamos para fazê-lo. É sabido que a notoriedade decorrente da exposição na mídia pode trazer uma multitude de benefícios, que vão desde o desinteressado reconhecimento de capacitação profissional até a propagação de uma sabedoria inexistente. Nós, que lidamos com informações científicas de grande interesse para a sociedade, devemos ter extremo cuidado quando nos é dada a oportunidade de transmiti-las.
O Código de Ética Médica impõe que a divulgação de assuntos
médicos seja exclusivamente utilizada para esclarecimento e educação da coletividade e que uma descoberta ou um tratamento divulgados sejam reconhecidos cientificamente. Também, é vedada a oferta de serviços médicos como prêmio em concursos de qualquer natureza.
Além do Código de Ética Médica, a publicidade de assuntos médicos deve obedecer às normas do Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (Conar). As regras contidas em seu código publicitário estabelecem que: (1) todo anúncio deve ser respeitador, honesto, verdadeiro e conformar-se às leis do país; (2) todo anúncio deve respeitar os princípios da leal concorrência, geralmente aceitos no meio dos negócios; (3) são condenados os proveitos publicitários indevidos ou ilegítimos “carona e ou emboscada”, mediante invasão de espaço editorial ou comercial de veículo de comunicação. Consideram-se indevidos e ilegítimos os proveitos publicitários obtidos mediante o emprego de qualquer artifício ou ardil.
O Conselho Federal de Medicina, ao emitir a Resolução n.º 1.701/2003, estabelece os critérios norteadores da propaganda em medicina, conceitua os anúncios, a divulgação de assuntos médicos, o sensacionalismo, a autopromoção e as proibições referentes à matéria. É oportuno transcrever as definições de autopromoção e sensacionalismo como seguem.
Art. 9.º Por ocasião de entrevistas, comunicações, publicações e artigos de informação ao público, o médico deve evitar a autopromoção e o sensacionalismo, preservar, sempre, o decoro da profissão.
Parágrafo 1.º Entende-se por autopromoção a utilização de entrevistas,
informações ao público e publicações de artigos com forma ou intenção de: a) angariar clientela; b) fazer concorrência desleal; c) pleitear exclusividade de métodos diagnósticos e terapêuticos; d) auferir lucros de qualquer espécie; e) permitir a divulgação de endereço e telefone de consultório, clínica ou serviço.
Parágrafo 2.º Entende-se por sensacionalismo: a) a divulgaçã publicitária, mesmo de procedimentos consagrados, feita de maneira exagerada e fugindo dos conceitos técnicos, para individualizar e priorizar sua atuação ou a instituição onde atua ou tem interesse pessoal; b) a utilização da mídia, pelo médico, para divulgar métodos e meios que não tenham reconhecimento científico; c) a adulteração de dados estatísticos visando a beneficiar-se individualmente ou à instituição que representa, integra ou o financia; d) a apresentação, em público, de técnicas e métodos científicos, que devem limitar-se ao ambiente médico; e) a veiculação pública de informações que causem intranqüilidade à população.
Qualquer pessoa, ao deparar, na mídia, alguma manifestação de médico, deverá conferir se as normas acima expostas estão sendo adequadamente desempenhadas.
Os exemplos de transgressão aos preceitos éticos acerca da publicidade estão presentes, sobretudo na mídia impressa, quando se publicam artigos de pseudo-informação científica, travestidos de matéria jornalística a respeito de determinado médico, de algum aparelho, de alguma clínica, de tratamentos  ocorrências similares. São aquelas “matérias” que, embora lhes faltem as decentíssimas palavras – “informe publicitário” – e a correta delimitação do espaço próprio, sabe-se que são matérias pagas.
A pergunta que deve ser feita é lógica: aquele médico que utiliza artifício e ardil, que não respeita os princípios da leal concorrência, que divulga assuntos médicos de forma sensacionalista, promocional ou mesmo inverídica – considerando-se que a boa medicina deve ser exercida em sua integralidade
– seria mesmo um bom médico?
A resposta a essa pergunta poderá, para alguns médicos e outros tantos jornalistas, fazer o feitiço virar contra o feiticeiro.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Profissionais da área médica têm nova ferramenta online

 
O Portal Saúde Direta (www.saudedireta.com.br) foi criado com modernas ferramentas e tecnologias da informação.
Esta estação de trabalho, dentre outras funcionalidades, permite que os profissionais utilizem um mini-prontuário eletrônico para agendamento, cadastro e registro dos seus pacientes e seus tratamentos, realizem consultas on line, a partir de qualquer dispositivo fixo ou móvel, pesquisem interações medicamentosas, realizem consultas sobre medicamentos comercializados no Brasil, utilizem guidelines médicos e tenham acesso às atualizações médicas e serviços relacionados.
Todas as informações são armazenadas em nossos servidores, não havendo necessidade de armazenamento local e realização de back-up de arquivos. O prontuário é totalmente eletrônico, sem necessidade de manter arquivos impressos (fichas de papel).
A concepção do Portal Saude Direta é minimalista e extremamente objetiva e funcional. Tiramos tudo que é desnecessário e apresentamos apenas o que interessa ao médico. Isto permitiu um instantâneo tempo de registro e acesso às informações, apesar de ser totalmente via WEB. O médico não tem tempo a perder.
O Portal Saúde Direta é gratuito para pessoas físicas (médicos). Para as pessoas jurídicas (clínicas) é cobrada uma pequena taxa de manutenção.

Qual a configuração necessária de sistema para rodar o Portal Saúde Direta?

         O Portal Saúde Direta é acessado pela internet através de um navegador. Você pode utilizar o Firefox 3.6, Microsoft Internet Explorer 7 , ou o Chrome 4 em equipamento Windows , Linux , ou Mac . Recomendamos o primeiro por ser mais compatível com o nosso servidor Linux. Outros navegadores, ou versões mais antigas, podem não ser 100% compatíveis. O desempenho do sistema depende mais da velocidade da sua conexão com a Internet.

Qual é o investimento necessário para utilizar os serviços do Portal Saúde Direta?

O Portal Saúde Direta apresenta diversos serviços gratuitos para médicos (Pessoas Físicas). Não há mensalidades, anuidades ou taxas para Pessoas Físicas. Para clínicas e ambulatórios (Pessoas Jurídicas) é cobrada uma taxa para manutenção do sistema administrativo, na versão completa do Prontuário Eletrônico de Pacientes (PEP).

O que devo fazer para utilizar o Portal Saúde Direta?

Conectar-se à Internet e fazer o seu cadastro no Portal Saúde Direta, tanto para Pessoa Física como para Pessoa Jurídica. O sistema automaticamente enviará para o seu e-mail uma senha de acesso para ser utilizada na área de login e senha ( Home Page , canto superior direito). O sistema permite a troca da senha provisória. Caso você seja Pessoa Jurídica, um boleto será gerado on line .

As informações do meu cadastro e dos meus pacientes estarão seguras? 

A segurança é preocupação fundamental na implantação do nosso serviço web, visando garantir a integridade e a confidencialidade dos dados dos usuários. As senhas de usuários são individuais, e são implantados níveis de acesso diferenciados aos dados. É possível a implantação, pelo próprio usuário, de restrição de acesso por numeração IP de equipamentos. O acesso ao Prontuário Eletrônico de Pacientes se faz através de protocolo de segurança Secure Sockets Layer (SSL) para acesso aos dados. Este protocolo de internet é seguro, idêntico aos utilizados em sites bancários e de compras, tornando muito difícil o acesso não autorizado.
A chave para acesso ao Prontuário Eletrônico de Pacientes, e aos dados de sua clínica, é a sua senha pessoal. Portanto guarde-a com todo o cuidado! Os seus dados pessoais e de seus pacientes são confidenciais, com garantia em contrato conosco e com o Datacenter. Somente serão acessados por nossa equipe ou por terceiros com a sua autorização ou por imposição legal. Em relação à segurança física das informações dos médicos e pacientes, contratamos as melhores empresas de tecnologia do Brasil. Os servidores do Portal Saúde Direta estão hospedados no mais importante e seguro Datacenter do Brasil, Terremark, situado em Alfaville – Barueri, Estado de São Paulo.
Esta empresa é responsável por todo o serviço de Internet do Brasil, chamado PTT – Ponto de Troca de Tráfego (Network Access Point) ou NAP do Brasil. Esta empresa é praticamente um bunker tecnológico de segurança máxima. Nossos servidores estão hospedados na Terremark sob a responsabilidade da empresa CTi, licenciada pela Terremark, que utiliza todas as ferramentas de segurança e criptografia de dados para oferecer um ambiente seguro, estável e de rápido acesso aos nossos usuários.

Preciso fazer backup de meus arquivos?

O Prontuário Eletrônico de Pacientes do Portal Saúde Direta é totalmente baseado na web . Todas as informações são armazenadas em bancos de dados MySQL nos nossos servidores Linux. NÃO há necessidade de fazer backups locais no seu computador. O backup é feito diariamente e em caso de emergência pode ser recuperado rapidamente. Você não precisa se preocupar com a rotina de backup; ela é de inteira responsabilidade da CTi e da Terremark. A grande vantagem é ter seus dados seguros, livres de perdas causados por problemas de hard disk do seu computador e falta de cópia de segurança.

Posso migrar os dados dos meus pacientes para o Portal Saúde Direta? Quanto custa?

SIM, O Prontuário Eletrônico de Pacientes do Portal Saúde Direta permite a migração dos seus dados, do seu antigo sistema local, para o nosso sistema web . Entre em contato com o suporte técnico e agende a transferência de dados. Os dados podem ser recebidos no formato txt, csv, dbf e outros, sendo disponibilizados no Prontuário Eletrônico

Posso importar meus dados da web para o meu computador ( download )? 

SIM, O Prontuário Eletrônico de Pacientes do Portal Saúde Direta oferece ferramenta para importar todos os seus dados (clientes, agendas, atendimentos, anotações médicas, laudos, etc…) em arquivos no formato cvs. Este formato permite a importação de dados por outro sistema de banco de dados, e também a visualização direta através de editores de textos e planilhas eletrônicas. Isto significa que se você quiser uma cópia dos dados de seus pacientes, você pode fazê-la na hora que desejar, e gravar no seu computador pessoal.

Os meus dados pessoais e de meus pacientes serão utilizados por terceiros?

NÃO. O Portal Saúde Direta foi criado e é mantido pela empresa FreireZaini Inteligência de Mercado, empresa 100% nacional, dirigida por médico. A FreireZaini faz estudos estatísticos populacionais, sem conflitos de interesse com laboratórios farmacêuticos e demais órgãos e empresas da área da saúde. Estes dados estatísticos populacionais são utilizados para estudos epidemiológicos, estudos sobre Reações Adversas a Medicamentos, e mapeamento de consumo de medicamentos no Brasil. Os dados pessoais como nome de médico e nome de paciente são confidenciais e não são úteis, portanto são descartados para pesquisas por não apresentarem relevância estatística. Os dados estatísticos são coletados e armazenados automaticamente, sem interferência humana. Todo o sistema é regido por normas de segurança e confidencialidade.

Qual a garantia de funcionamento do Portal Saúde Direta?

Contratamos a empresa CTi para manutenção e suporte técnico dos nossos servidores 24 horas por dia. O objetivo principal é oferecer aos nossos usuários todas as exigências e compromissos de Service Level Agreement (SLA) com disponibilidade mínima de 99,999% para rede de energia e para infra-estrutura, temperatura e umidade. Em miúdos, você tem disponibilização de 99,9% da rede e infra-estrutura de acesso à Internet (banda IP). Significa que o Portal Saúde Direta está a sua disposição na internet 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano. Há paradas programadas, geralmente de madrugada e de alguns minutos, para manutenção e atualização periódica do sistema. Espera-se manter o serviço 99,8% do tempo no ar. Isto é muitíssimo mais seguro que o seu computador no consultório, que está sujeito às falhas do hard disk, vírus, spywares, roubos, etc.. A grande vantagem do sistema web é ter seu consultório virtual em qualquer local do planeta, e acessar seus prontuários de qualquer dispositivo com acesso à internet, como notebooks, iPod, iPad, celular, desktops etc.

Existe limite de utilização do Portal Saúde Direta?

NÃO. O Portal Saúde Direta foi construído para permitir acesso instantâneo e simultâneo para mais de 300 mil usuários/dia. Sua concepção minimalista carrega apenas o necessário para os usuários, permitindo maior velocidade na visualização das telas e acesso aos bancos de dados, com delay de 0,5 segundo por tela. Os bancos de dados dos usuários permitem armazenamento de terabytes de informação. O limite tempo está relacionado à sua velocidade de conexão com a internet.

O Portal Saúde Direta exige alguma instalação no meu computador?

NÃO. O que é preciso está disponível na web . Nada é armazenado ou instalado no seu computador. Todos os bancos de dados são online. Todos os sistemas mais avançados do mundo (exemplo, NIH da Inglaterra) são totalmente web, inclusive agendamento de consultas e emissão de receita eletrônica diretamente para farmácias. A era dos programas locais, instalados em computadores, já pertence ao passado. O presente e futuro é web, com mobilidade total e interatividade com o usuário.

As atualizações precisam ser pagas?

NÃO. As atualizações, tanto para pessoas físicas como para pessoas jurídicas são feitas via web , sem necessidade de interrupção de acesso ou cobrança de taxas extras. O banco de dados de interações medicamentosas, disponível no Prontuário Eletrônico de Pacientes, tem atualizações mensais, vindas diretamente da LexiComp (USA) e traduzidas para o português pela Manole. As demais ferramentas com guidelines, protocolos de tratamentos, exames laboratoriais são atualizadas mensalmente, sem haver interrupção de acesso ao sistema.

Qual a confiabilidade das informações fornecidas aos médicos?

O Portal Saúde Direta oferece o que há de melhor em informação à classe médica. As interações medicamentosas estão sob responsabilidade da empresa norte-americana LexiComp, com a supervisão e tradução da Manole. As informações sobre exames laboratoriais estarão sob responsabilidade de importante laboratório de análises clínicas de São Paulo. As informações do banco de dados de medicamentos estão sob a responsabilidade da FreireZaini, com atualizações mensais coletadas de diversas publicações brasileiras e internacionais. Procuramos disponibilizar no Portal Saúde Direta informações de fontes sérias e confiáveis, e para isto estamos nos associando aos melhores do mercado. Certificação internacional pela HonCode foi solicitada.

O Portal Saúde Direta terá outras funcionalidades?

SIM. Inicialmente procuramos oferecer um Prontuário Eletrônico de Pacientes gratuito aos médicos, para eliminar os graves inconvenientes dos prontuários em papel (perda, rasura, volume, armazenamento, tempo de procura, acesso local, etc…), e perdas de dados enfrentados por todos os médicos que utilizam sistemas instalados em seus consultórios (falta de backup , vírus, perda do HD, taxas de uso e manutenção, impossibilidade de troca de sistema, etc…). Esta foi a nossa primeira proposta, resultado de pesquisas entre os colegas médicos. Posteriormente ofereceremos outros benefícios como localizador de médicos para pacientes; agendamento de consultas via web ; hospedagem de sites de médicos; envio de alertas para pacientes via celular; cursos de atualizações on line; acesso do prontuário por iPod, iPad, iPhone, e de qualquer dispositivo móvel com conexão com a Internet; envio de receitas eletrônicas, uso de smartcards por pacientes, etc.. Incorporaremos toda e qualquer tecnologia de ponta que traga benefícios para os médicos e pacientes.

O Portal Saúde Direta é muito simples. Será que funciona?

SIM. O Portal Saúde Direta foi construído de forma minimalista, simples, funcional e objetiva. Seu Prontuário Eletrônico de Pacientes é um sistema integrado de gestão de processos administrativos e médico-assistenciais, conforme a aplicação o conceito de Enterprise Resource Planning (ERP) à área de saúde. Foi desenvolvido dentro da metodologia eXtreme Programming (XP), que dá foco na agilidade de desenvolvimento e possibilidade de mudança constante. Está assentado sobre as tecnologias LAMP, acrônimo de Linux, Apache, MySql e PHP, que se caracterizam por serem softwares abertos de alta performance e escalabilidade . O tempo de acesso às informações é crítico para os médicos. O Portal Saúde Direta foi desenhado totalmente em CSS para permitir 2 milhões de acessos/dia ou mais, sem causar aumento do tempo de acesso às informações. Nossa meta é 0.5 segundo de espera para cada solicitação do médico.

Quais são os recursos atuais do Prontuário Eletrônico de Pacientes do Portal Saúde Direta?
Agendamento

Mantém agendas por médicos, procedimentos e locais (unidades médicas).
Permite a configuração e aplicação de grades de horários de atendimento para cada agenda.
Integra-se ao cadastro de clientes já existente para a marcação dos atendimentos.
Permite o registro da confirmação de marcação de horário e o registro de chegada do cliente, com o controle de entrada e saída em sala de espera.
Permite a visualização conjunta de várias agendas.
Produz estatísticas de ocupação de horários e presença de pacientes.

Gerenciamento de clientes
Permite o cadastramento de dados de identificação, endereço, dados de convênios e foto do cliente.
Utiliza automaticamente base de CEP para cadastramento de endereços.
Gera diversos impressos para o atendimento: cadastro do cliente, história clínica, guias de consulta, SADT e internação conforme padronização das operadoras de plano de saúde.
Produz análises estatísticas da clientela da clínica.
Permite gerenciar o seguimento clínico dos pacientes.

Faturamento
Permite realizar o faturamento de clientes particulares e de operadoras de plano de saúde.
Utiliza as principais padronizações da área de saúde nacional, como a Tabela de Procedimento da Associação Médica Brasileira (AMB), Tabela Brasindice, e outras.
Utiliza a tabela de Classificação Internacional de Doenças, versão 10 (CID-10) para classificação diagnóstica.
Permite implementar pacotes (kit) de serviços e materiais para agilização da conta médica.
Permite enviar contas médico-hospitalares por via eletrônica para operadoras de plano de saúde e empresas de conectividade, conforme o padrão de Troca de Informações em Saúde Suplementar (TISS), criado e mantido pela Agência Nacional de Saúde (ANS) do Ministério da Saúde.
Realiza diversas estatísticas de produção da clínica: produção por médico, por procedimento, por operadora, etc.
Controla os pagamentos por particulares e convênios, com gerenciamento financeiro integrado.
Calcula os repasses de honorários de médicos e de outros profissionais por diversas parametrizações.

Gerenciamento de Finanças
Base de dados integrada ao recebimento de particulares (caixa) e faturamento para operadoras de plano de saúde.
Permite o controle de receitas, despesas, contas a pagar e contas a receber.
Utiliza plano de contas especialmente pré-definido para clínicas e consultórios.
Produz estatísticas de movimentação de contas, balancetes mensais detalhados e resumidos, e previsões de movimentação.

Laudagem de exames
Permite o gerenciamento de todo o processo de centro de diagnóstico, da orientação do preparo à entrega de resultados de exames.
Permite a ágil edição gráfica e impressão de relatórios e laudos médicos.
Utiliza editor de texto com recursos de formatação e glossários (textos prontos padronizados).

Prontuário Médico
O sistema de registro médico é inédito, permitindo a entrada da anamnese, diagnósticos e condutas diretamente no sistema pelo médico, orientada por protocolos de condutas de consenso ou definidos localmente.
Utiliza os principais conceitos da Unified Medical Language System (UMLS), da norte-americana, National Library of Medicine, com a implementação de base de terminologia com sinônimos e rede semântica.
Permite a assinatura eletrônica de anotação médica, impedindo alteração posterior de conteúdo.
Em conformidade com diretrizes de prontuário eletrônico do Conselho Federal de Medicina.
Possui editor e base de dados de medicamentos para prescrições médicas com mais de 11 mil medicamentos.
Possui ferramenta de análise de interações medicamentosas integrada à prescrição médica com 155 mil interações.
Facilitadores de impressos, como pedidos de exames, prescrição e orientações ao paciente.

EVIDÊNCIAS E INFORMAÇÃO: DESAFIOS DA MÉDICINA PARA A PRÓXIMA DÉCADA


CIOL, Renata; BERAQUET Vera Silva Marão.Evidência e informação: desafios da medicina para a próxima década. Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v.14, n.3, p.221-2230, set./dez. 2009.

Resumo

Aborda a explosão informacional e os avanços da medicina que culminaram na medicina baseada em evidências (BEM), que vem alterando a prática médica rumo ao uso constante da evidência científica atual e contextualizada na decisão clinica. A BEM  pode ampliar o papel do profissional da informação para além da busca de informação, permitindo o seu envolvimento com a seleção avaliação crítica da literatura nos moldes da biblioteconomia clínica, onde o bibliotecário é considerado parte integrante da equipes multidisciplinares de saúde.

O FLUXO DA INFORMAÇÃO NA PRATICA CLINICA DOS MÉDICOS RESIDENTES: ANÁLISE NA PERSPECTIVA DA MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIAS



SAVI, Maria Gorete Monteguti; SILVA, Edna Lucia da. O fluxo da informação na pratica clinica dos médicos  residentes: análise na perspectiva da medicina baseada em evidências. Ciência da Informação, Brasília, v.38, n.3, p. 177-199, set./dez., 2009.


Resumo
Pesquisa que analisa o fluxo da informação na pratica clinica médicos residentes. Para tal, considera os preceitos da medicina baseada em evidências (BEM), elege como lócus de pesquisa o hospital universitário da UFSC e como universo os médicos residentes atuantes nos seus ambulatórios. A relevância do desenvolvimento da pesquisa esta em alguns argumentos: reconhecimento da BEM na pratica clinica como alternativa na alternativa para dar suporte a decisão clinica, através da seleção das fontes de informação de maior evidencias disponíveis na literatura medica; constatação que há lacuna na literatura nacional para estudos com médicos residentes, uma vez que  a maioria da pesquisas enfoca a forma como medico e professores da área de  saúde usam os serviços e sistemas de informação; convicção que o uso de informações  selecionado de forma criteriosa possibilitará uma prática clínica eficaz. A pesquisa identificou e analisou  os processos do fluxo informacional envolvido na prática clinica do médico, sob as perspectiva de seleção, recuperação, acesso e uso das fontes de informação. Apresenta um modelo de fluxo de informação ideal na perspectiva da BEM.

Prontuário Médico Eletrônico


Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) é um modelo de prontuário médico digital padronizado.

Definição de prontuário médico


Todo atendimento em saúde inclui o envolvimento e a participação de uma variedade de profissionais: médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas e outros. Além disso, este atendimento ao paciente pode ocorrer em diferentes locais. Para realização destas atividades, são necessárias múltiplas informações de diferentes fontes, que vão garantir a continuidade do processo de cuidado. São fontes diferentes de dados, gerando consequentemente uma grande variedade de informações. Tais dados precisam ser organizados de modo a produzir um contexto que servirá de apoio para tomada de decisão sobre o tipo de tratamento ao qual o paciente deverá ser submetido, orientando todo o processo de atendimento à saúde de um indivíduo ou de uma população. Vale ressaltar que o dado clínico é muito heterogêneo para ser introduzido em sistemas tradicionais de informação.
Atualmente entende-se que o prontuário tem como funções:
  • Fonte de informação clínica e administrativa para tomada de decisão e meio de comunicação compartilhado entre todos os profissionais;
  • Registro legal das ações médicas;
  • Deve apoiar a pesquisa (estudos clínicos, epidemiológicos, avaliação da qualidade);
  • Deve promover o ensino e gerenciamento dos serviços, fornecendo dados para cobranças e reembolso, autorização dos seguros, suporte para aspectos organizacionais e gerenciamento do custo.
Um novo modelo de atendimento à saúde está aparecendo com:
  • Maior integração e gerenciamento do cuidado, ou seja, o atendimento clínico tem que ser visto como um todo.
  • Foco do atendimento no nível primário, entendendo que os hospitais continuam a ser um centro para diagnóstico e cuidado de problemas complexos e para procedimentos cirúrgicos e cuidados intensivos.
  • Pagamento do atendimento prestado é dirigido por melhor gerenciamento do processo de atenção, encorajando a eficiência (custo-benefício) do atendimento e na utilização de recursos.
  • Maior competência e capacitação dos profissionais.
  • Equipe interdisciplinar, colaborativa, conduzida por uma organização horizontal. Não existe um profissional que seja mais importante que outro, uma vez que todos colaboram para que o paciente se restabeleça. O cliente dos serviços de saúde não é o médico e sim, o paciente.
Este modelo de atendimento utiliza a informação e a integração como elementos essenciais de organização. Neste aspecto, a estrutura computacional que surge oferecendo solução é o chamado Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), que é uma forma proposta para unir todos os diferentes tipos de dados produzidos em variados formatos, em épocas diferentes, feitos por diferentes profissionais da equipe de saúde em distintos locais. Assim, deve ser entendido como sendo a estrutura eletrônica para manutenção de informação sobre o estado de saúde e o cuidado recebido por um indivíduo durante todo seu tempo de vida.

Definição de prontuário eletrônico




O Institute of Medicine (IOM, 1997), entende que o prontuário eletrônico do paciente é “um registro eletrônico que reside em um sistema especificamente projetado para apoiar os usuários fornecendo acesso a um completo conjunto de dados corretos, alertas, sistemas de apoio à decisão e outros recursos, como links para bases de conhecimento médico”. O Computer-based Patient Record Institute define o prontuário eletrônico ressaltando que “um registro computadorizado de paciente é informação mantida eletronicamente sobre o estado de saúde e os cuidados que um indivíduo recebeu durante toda sua vida”. Segundo Tang e McDonald, o registro eletrônico do paciente “é um repositório de informação mantida de forma eletrônica sobre o estado de saúde e de cuidados de saúde de um indivíduo, durante toda sua vida, armazenado de modo a servir a múltiplos usuários legítimos”.
O prontuário eletrônico é um meio físico, um repositório onde todas as informações de saúde, clínicas e administrativas, ao longo da vida de um indivíduo estão armazenadas, e muitos benefícios podem ser obtidos deste formato de armazenamento. Dentre eles, podem ser destacados: acesso rápido aos problemas de saúde e intervenções atuais; acesso a conhecimento científico atualizado com conseqüente melhoria do processo de tomada de decisão; melhoria de efetividade do cuidado, o que por certo contribuiria para obtenção de melhores resultados dos tratamentos realizados e atendimento aos pacientes; possível redução de custos, com otimização dos recursos.

Para que serve


  • Acesso remoto e simultâneo: vários profissionais podem acessar um mesmo prontuário simultaneamente e de forma remota. Com a possibilidade de transmissão via Web, os médicos podem rever e editar os prontuários de seus pacientes a partir de qualquer lugar do mundo.
  • Legibilidade: registros feitos à mão são difíceis de ler, na maioria das vezes. Os dados na tela ou mesmo impressos são muito mais fáceis de ler.
  • Segurança de dados: sistema bem projetado com recursos de backup seguros e planos de desastres, garantindo melhor e de forma mais confiável que os dados não vão sofrer danos e perdas.
  • Confidencialidade dos dados do paciente: o acesso ao prontuário pode ser dado por níveis de direitos dos usuários e este acesso ser monitorado continuamente. Auditorias podem ser feitas para identificar acessos não autorizados.
  • Flexibilidade de layout: o usuário pode usufruir de formas diferentes de apresentação dos dados, visualizando em ordem cronológica crescentes ou não, orientado ao problema e orientado à fonte.
  • Integração com outros sistemas de informação: uma vez em formato eletrônico, os dados do paciente podem ser integrados a outros sistemas de informação e bases de conhecimento, sendo armazenados localmente ou à distância.
  • Captura automática de dados: dados fisiológicos podem ser automaticamente capturados dos monitores, equipamentos de imagens e resultados laboratoriais, evitando erros de transcrição.
  • Processamento contínuo dos dados: os dados devem ser estruturados de forma não ambígua; os programas podem verificar continuamente consistência e erros de dados, emitindo alertas e avisos aos profissionais.
  • Assistência à pesquisa: o dado estruturado pode facilitar os estudos epidemiológicos. Os dados em texto-livre podem ser estudados por meio de uso de palavras-chave.
  • Saídas de dados diferentes: o dado processado pode ser apresentado ao usuário em diferentes formatos: voz, imagem, gráfico, impresso, e-mail, alarmes e outros.
  • Relatórios: os dados podem ser impressos de diversas fontes e em diferentes formatos, de acordo com o objetivo de apresentação - gráficos, listas, tabelas, imagens isoladas, imagens sobrepostas, etc.
  • Dados atualizados: por ser integrado possui dados atualizados - um dado que entra no sistema em um ponto, automaticamente atualiza e compartilha a informação nos outros pontos do sistema.


Como funciona



O primeiro passo para desenvolver um PEP é o entendimento de que a construção do prontuário eletrônico é um processo.
Uma vez coletada a informação clínica e administrativa de pacientes individuais, ela é registrada em um determinado formato para fins de armazenamento e tal registro passa a ser fisicamente distribuído entre os hospitais, agências de seguro-saúde, clínicas, laboratórios e demais setores envolvidos, sendo compartilhado entre os profissionais de saúde, de acordo com os direitos de acesso de cada um. Além de integração, o PEP possui interoperabilidade, que é a habilidade de dois ou mais sistemas computacionais trocarem informações, de modo que a informação trocada possa ser utilizada.
Os modernos sistemas de informação em saúde devem ser construídos de forma a apoiar o processo local de atendimento, sendo portanto orientados aos processos, apoiando o trabalho diário e fornecendo comunicação dentro e fora da instituição, tendo uma estrutura comum. Deve existir um único registro por paciente que atenda as novas demandas de acompanhamento da produção, do custo e da qualidade. Para tanto, alguns pré-requisitos são: estrutura padronizada e concordância sobre a terminologia, definir regras claras de comunicação, arquivamento, segurança e privacidade.
Proposta do Institute of Medicine dos Estados Unidos que tem sido uma das instituições que mais estimula a criação e implantação do Prontuário Eletrônico do Paciente. Este instituto apresenta um relatório (IOM, 1997) que contém doze atributos para ser o gold standard para a criação, desenvolvimento, implantação e uso do prontuário eletrônico.
  • Oferecer uma lista de problemas que indique os problemas atuais e pregressos do paciente: uma lista de problemas deve denotar o número de ocorrências associadas com o passado e o problema corrente, assim como o estado (ativo, inativo, resolvido, indeterminado, etc.) atual de cada problema;
  • Ter capacidade de medir o estado funcional e de saúde do paciente: estas medidas de resultados não tem sido efetivamente tratadas pelos vendedores de sistemas. Em um mercado de saúde crescentemente mais competitivo, é imperativo dar mais atenção à medidas de resultado e de qualidade do cuidado prestado;
  • Poder documentar o raciocínio clínico em diagnósticos, conclusões e na seleção de intervenções terapêuticas: permitir compartilhar o raciocínio clínico com outros profissionais, desenvolver meios automáticos para acompanhar os caminhos no processo de tomada de decisão;
  • Ser um registro longitudinal abrangendo toda a vida do paciente, ligando todos os dados de consultas e atendimentos anteriores;
  • Garantir confidencialidade e privacidade e apoiar os processos de auditoria clínica e administrativa; os desenvolvedores de sistemas precisam suprir os diferentes níveis de segurança para garantir acesso adequado às informações confidenciais do cliente;
  • Oferecer acesso contínuo aos usuários autorizados: usuários precisam ser capazes de acessar o registro do paciente a qualquer momento;
  • Permitir visualização simultânea e customizada dos dados do paciente pelos profissionais, departamentos e empresas. Esta capacidade melhora a eficiência do trabalho técnico de usuários específicos permitindo que o dado seja apresentado no formato que é mais usado por estes usuários. A flexibilidade em permitir diferentes e simultâneas visualizações dos dados é uma característica que a maioria dos fabricantes tem dificuldade em conseguir atender;
  • Apoiar o acesso em linha a recursos de informação locais e remotos: bases de dados em texto, correio eletrônico, CDROM. O acesso a fontes externas deve garantir ao profissional obtenção da informação necessária para apoiar o cuidado ao cliente;
  • Facilitar a solução de problemas clínicos fornecendo instrumentos de análise e de decisão. Exemplos destes instrumentos são os alertas e os sistemas de apoio à decisão clínica e administrativa;
  • Apoiar a entrada de dados diretamente pelo médico: a questão é fornecer mecanismos e interfaces simples e diretas para a entrada de dados;
  • Apoiar profissionais no gerenciamento e controle de custos para melhoria da qualidade: esta área não tem sido muito enfocada, mas é de grande importância para auxiliar o controle administrativo e financeiro dos sistemas de atenção, disponibilizando uma margem de competitividade no mercado de saúde;
  • Ter flexibilidade para apoiar a incorporação de existentes e futuras necessidades das especialidades clínicas: deve ser flexível para ser expandido.
Fatores de sucesso na implantação de um PEP são: cooperação, tornar disponíveis programas de tratamento (protocolos, guias de conduta, alertas, avisos), a educação da equipe e a implantação de normas e padrões tecnológicos e em relação aos dados. Todavia, o sucesso de um sistema depende mais das pessoas do que da tecnologia.


Obstáculos críticos no desenvolvimento e implantação do PEP



  • Falta de entendimento das capacidades e benefícios do PEP: é importante que todos os usuários do sistema e a diretoria da instituição estejam cientes de todos os recursos e benefícios que o PEP pode oferecer. Sem o devido entendimento, o usuário pode não vislumbrar todos os recursos que pode usufruir, levando os desenvolvedores a um deficiente levantamento dos requisitos do sistema. Isto acarreta o desenvolvimento de um sistema ineficiente, incapaz de atender as necessidades reais dos usuários.Por isso é importante a presença de um profissional com formação em informática médica.
  • Padronização: falta de padronização nos sistemas provoca a perda ou inviabiliza muitos dos recursos que podem ser disponibilizados, como alertas, sistemas de apoio à decisão, pesquisas clínicas e outros.
  • Interface com o usuário: para que os dados sejam armazenados de forma estruturada, a entrada destes dados deve também ser feita de forma estruturada. Texto livre, embora mais aceito pelos profissionais dificulta sua captura, quando não a inviabiliza.
  • Segurança e confidencialidade: a construção de sistemas que não valorizam a segurança e confidencialidade dos dados do paciente podem estar fadados ao fracasso e desencadearem processos legais contra a instituição. Além, disso, contribuem para criar ou aumentar a falta de confiança dos usuários.
  • Falta de infra-estrutura: para o intercâmbio de dados e gerenciamento de recursos são necessários a adoção de padrões de comunicação, leis e regras que regulamentem o processo de transmissão, especialistas no desenvolvimento de sistemas de PEP e redes locais, regionais e nacionais.
  • Aceitação pelo usuário: se o usuário não for envolvido no processo desde o início de desenvolvimento, participando ativamente e colaborando, ele pode resistir ao uso do sistema e até mesmo desencadear atitudes de sabotagem.
  • Aspectos legais: a falta de legislação que regulamente o uso do meio eletrônico como forma de armazenar o prontuário sem papel e o uso de assinatura eletrônica são importantes fatores que bloqueiam a difusão do PEP.
  • Conteúdo do PEP: Informações que os gestores e os médicos julgarem necessárias, tanto para um banco de dados para estudo, quanto para a geração de informações e indicadores administrativos.
  • Mudança de comportamento: estar convencido da necessidade de mudar e aceitar incorporação de novos recursos não quer dizer comportamento alterado. Sistemas que interferem nos hábitos rotineiros das pessoas, em geral não são bem aceitos ou demoram algum tempo para serem aceitos, exigindo portanto, envolvimento e constante treinamento e ensino.
Outras barreiras para se chegar a um prontuário eletrônico, onde as informações clínicas encontram-se totalmente integradas são: a falta de planejamento estratégico na implantação do sistema; pouco ou nenhum incentivo interno da organização para atingir a integração clínica, uma vez que a idéia de visualizar o todo para poder tratar uma das partes não é praticada por muitos; autonomia dos hospitais e, principalmente, falta de planejamento do atendimento à saúde da população.
A tendência na informática em saúde para a construção do prontuário eletrônico é cada vez mais uma realidade. Porém, o investimento é grande, tanto do ponto de vista humano como financeiro e organizacional. O processo é longo e a integração dos profissionais mandatória. Porém, se o interesse é a busca da qualidade cada vez maior no atendimento à saúde da população, este investimento e os recursos necessários, já estão justificados.


Vantagens para o profissional médico


  • Rapidez - o usuário é capaz de entrar e recuperar o dado rapidamente.
  • Familiaridade - o registro eletrônico possui uma interface gráfica que é familiar ao usuário.
  • Flexibilidade - permite personalização do estilo de documentação, facilitando o acesso a informações necessárias para todos os tipos e categorias profissionais.
  • Melhora o fluxo de trabalho - aumenta a eficiência e efetividade.
  • Melhora a documentação - mais clareza e legibilidade.

domingo, 14 de novembro de 2010

A INTERNET E SEU IMPACTO NOS PROCESSOS DE RECUPERAÇÃO DA INFORMAÇÃO



TEIXEIRA, Cenidalva Miranda de Sousa  and  SCHIEL, Ulrich. A INTERNET E SEU IMPACTO NOS PROCESSOS DE RECUPERAÇÃO DA INFORMAÇÃO. Ci. Inf. [online]. 1997, vol.26, n.1 ISSN 0100-1965.  doi: 10.1590/S0100-19651997000100009.



Resumo
Mostramos como as tecnologias da informação, em particular a Internet, estão provocando uma globalização das atividades de recuperação de informação e pesquisa bibliográfica. Apresentamos as diversas formas de interação na Internet e os principais serviços existentes atualmente referentes à recuperação bibliográfica


INTRODUÇÃO

Com a necessidade de colocar a informação ao alcance de qualquer pessoa, quando e onde for necessário e, por outro lado, com o aumento global do volume de documentos publicados, torna-se difícil gerenciar, disseminar e recuperar a informação em tempo hábil.
Considerando a informática como fator fundamental no processo de recuperação de informação, percebemos que a cada momento surgem tecnologias cada vez mais sofisticadas que permitem uma interação direta entre os usuários e os sistemas.
Atualmente, a arte de disseminar e recuperar informações bibliográficas dispõe, além dos recursos usuais de recuperação, dos serviços a nível mundial, como WWW (World Wide Web ou Web), baseado nos conceitos de hipertexto e hipermídia.
Este trabalho encontra-se estruturado da seguinte forma: inicialmente abordaremos os fundamentos da recuperação da informação e os respectivos serviços, em seguida faremos algumas considerações sobre a Internet e alguns dos seus serviços disponíveis, abordaremos também os catálogos Web e as ferramentas de buscas mais conhecidas e usadas na Internet.

A RECUPERAÇÃO DA INFORMAÇÃO

Fundamentos da Recuperação da Informação

A explosão documentária aumentou significadamente a dificuldade de recuperar informação em sistemas manuais.
O processo de recuperação de informação compreende basicamente três etapas: indexar, armazenar e recuperar.
Com o advento da informática, indexar, armazenar e recuperar informações tornaram-se uma tarefa mais simples e eficiente, por haver recursos que permitem maior rapidez nestes três processos.
Para proporcionar a distribuição de dados e a prestação de uma variedade de serviços com documentos eletrônicos, é imprescindível o uso do computador e das telecomunicações.
Inicialmente, o computador foi usado para armazenar informações bibliográficas e gerar índices impressos que poderiam ser consultados da mesma maneira que se consultam os índices impressos produzidos manualmente. Hoje, os sistemas informatizados oferecem uma infinidade de recursos de busca, como as consultas utilizando uma combinação complexa de termos, feitas em linha a bases de dados, que não podemos comparar aos dos sistemas manuais. A cada dia nos deparamos com novas tecnologias de recuperacão de informação, a telemática surge para reduzir drasticamente as distâncias por intermédio das redes de teletransmissão de dados e a multiplicação, não só da potência e velocidade de processamento, mas também dos recursos lógicos por meio de redes locais e remotas, que se integram nos chamados sistemas abertos, equipamentos informáticos de tipos mais variados [Cun-94].
Um outro fator relevante diz respeito às interfaces dos sistemas de recuperação de informação. Elas se baseavam em comandos, tornando-se confusas, de difícil entendimento e impenetráveis pelo usuário inexperiente. Era necessário que o mesmo aprendesse várias formas e expressões sintáticas para que pudesse realizar as suas tarefas rotineiras. Para vencer essas dificuldades, os sistemas de recuperação adotaram as interfaces baseadas em menus, para, dessa forma, torná-los acessíveis aos usuários inexperientes ou ocasionais.
Atualmente é cada vez mais freqüente o uso de interfaces gráficas nesses sistemas, que têm como principal benefício, tornar as atividades do usuário final, diante da máquina, bastante comuns, disponibilizando recursos gráficos que simulem as atividades do cotidiano do usuário, quando este deseja realizar determinada tarefa. Isto se resume por uma fácil memorização das tarefas a realizar[ [Shn-92].
Visando a recuperar informação de forma eficiente e eficaz, os mais diversos centros de documentação, serviços de informação e bibliotecas construíram suas bases de dados, que são fontes de informação automatizada que podem ser pesquisadas de diversos modos. Elas podem ser armazenadas em meios magnéticos ou ópticos e acessadas local ou remotamente.
A tecnologia do Compact Disc/Read Only Memory ¾ CD -ROM - discos compactos de memória apenas para leitura ¾ suporta as mais criativas bases de dados em multimídia e tem como vantagens: a grande capacidade de armazenamento, pois pode conter milhões de páginas de texto, permitindo o uso de som e imagens gráficas de fácil utilização [Row-94]. Esta tecnologia foi utilizada inicialmente para distribuir bases de dados de modo a não sobrecarregar as bases centralizadas e, atualmente, vem substituindo documentos impressos, tais como, coleções de revistas, enciclopédias, anais etc.
Atualmente, o surgimento da Internet como fonte de informação, disponibilizando os seus mais diversos serviços, possibilitou o acesso a uma enorme quantidade de bases de dados, como STN International, Dedalus etc., e também aos acervos das grandes bibliotecas, como Library of Congress, Biblioteca Nacional, Public Library etc., de maneira rápida e eficiente.

Serviços de Recuperação

O avanço tecnológico, que possibilita a disseminação da informação por computadores, CD-ROM e outros meios de armazenamento, torna-nos cada dia mais exigentes, buscando meios mais eficientes de armazenar e de principalmente recuperar a informação.
As bibliotecas e os demais serviços de informação construíram suas bases de dados que podem ser acessadas por meio das redes de telecomunicações em nível nacional e internacional, e também mediante a atuação dos servidores em linha que são responsáveis pela integração de uma variedade de bases de dados produzidas por si mesmas ou por outras instituições, bem como pelos mecanismos necessários para que essas bases sejam consultadas remotamente.
Segundo Cuadra [Cua-89], no seu diretório de bases de dados on-line até 1988 constam mais de 500 desses servidores e a tendência é aumentar cada vez mais. Até então, estas bases de dados estavam disponíveis por meio de comunicação em linha. Em 1990, praticamente inexistiam servidores disponíveis na Internet. Em 1994, as instituições produtoras começaram a disponibilizar seus serviços na Internet e atualmente projeta-se um total de oito milhões de servidores ao final de 1996.
Citamos, a seguir, alguns desses servidores em linha nacionais e internacionais que acoplam várias bases de dados sobre os mais diversos assuntos:
  • AMERICA ONLINE(Estados Unidos) - com 50 bases de dados sobre jogos, correio eletrônico, teleconferência, anúncios, finanças, noticíario ( TV, teatro etc.)
  • ARUANDA/SERPRO(Brasil) - com mais de 11 bases de dados sobre cadastros industriais, marcas e patentes.
  • BIREME(Brasil) - com mais de quatro bases de dados sobre área médica.
  • BRS Information Technologies(Nova Iorque) - com mais de 100 bases de dados sobre medicina, química, comércio, ciências sociais e humanidades.
  • CENAGRI(Brasil) - com mais de cinco bases de dados sobre ciências agrícolas
  • CIN/CNEN(Brasil) - com mais de oito bases de dados sobre energia nuclear, física, eletrônica e energia elétrica.
  • COMPUSERVE(Estados Unidos) - com 80 bases de dados sobre finanças, telecompras, jogos, ciência e medicina.
  • DATA-STAR(Suíça) - com mais de 250 bases de dados sobre comércio, ciências biomédicas, química, engenharia e notícias.
  • DIALOG Information Retrieval Services(Palo Alto, Califórnia) - com 380 bases de dados, praticamente sobre todas as áreas.
  • DIMDI(Alemanha) - com mais de cinco bases de dados sobre ciências biomédicas.
  • Dow-Jones(Estados Unidos) - com mais de cinco bases de dados sobre comércio e apoio à investimentos.
  • ECHO (Comunidade Européia) - com 30 bases de dados, praticamente sobre todas as áreas.
  • European Space Agency's Information Retrieval Service(Frascati,Itália) - com mais de 130 bases de dados sobre ciência e tecnologia, comércio e finanças, informações sobre empresas, saúde e segurança ocupacional, patentes e notícias.
  • FGV(Brasil) - com duas bases de dados sobre dados econômicos-estatísticos, catálogo de livros e dados.
  • IBICT(Brasil) - com seis bases de dados em ciência da informação, catálogo coletivo de periódicos, teses.
  • JOIS(Japão) - com mais de 10 bases de dados sobre diversas áreas temáticas.
  • ORBIT Search Service(Santa Mônica, Califórnia) - com mais de 100 bases de dados sobre informações científicas, técnicas e sobre patentes.
  • Pergamon Financial Data Service(Londres) - com mais de 30 bases de dados sobre serviços destinados à comunidade comercial européia, incluindo marketing e prospecção de vendas, finanças e proteção ao crédito e informações sobre empresas.
  • PRODASEN(Brasil) - com mais de 12 bases de dados nas áreas de direito e jurisprudência.
  • QUESTEL(França) - com mais de 60 bases de dados sobre patentes, química, marcas registradas, medicina, ciência e tecnologia, comércio e notícias.
  • STN International(Alemanha) - com 132 bases de dados em ciência e tecnologia.
É possível que uma determinada base de dados se encontre acoplada a diversos servidores e que podem conter informações similares entre si.
Como podemos notar, existem muitos serviços específicos para recuperação de informação bibliográfica dificultando que uma pessoa que necessite de uma informação, conheça e acesse o serviço adequado.
Um levantamento feito por Cecília Pontes[Pon-94] sobre os recursos e serviços de informação disponíveis nos institutos de pesquisa da Asssociação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica Industrial (Abipti), nos itens bases de dados adquiridas pela instituição e acesso a bancos de dados e redes de informação nacionais e internacionais, constatou-se que somente cinco institutos de pesquisa fazem acesso regularmente a banco de dados on-line internacionais. Os serviços mais utilizados foram Dialog, STN International, Pergamon, Telesystems e Bases em CD-ROM.
Para minimizar essas dificuldades, segundo Jennifer [Row-94], algumas características devem ser consideradas quando da avaliação dessas bases de dados, das quais citamos:
Cobertura temática - identificada através dos guias de bases de dados.
  • Tipos de dados - se inclui referências, imagens, figuras, textos integrais etc.
  • Atualidade - qual a frequência de atualização dos arquivos e o período de abrangência.
  • Facilidade de uso - se a interface é amigável e se inclui treinamento.
  • Tipo de saída - se disponibiliza diversos formatos de impressão e permite importação de dados para geração de arquivos.
  • Linguagem de Indexação - se controlada ou natural, qual o grau de exaustividade da indexação.
  • Custo - custo inicial e adicional caso venha a ter, a relação custo benefício.
  • Documentação e instrumentos auxiliares de busca - meios de ajuda, help's.
  • Viés - verificar se existe ênfase em informações regionais, européias, norte-americanas ou brasileiras.
  • Cobertura cronológica - o período de cobertura da base de dados desde quando se acha disponível em linha.
  • Servidor - o servidor em linha através do qual a base de dados se acha disponível.
Muitos desses servidores em linha colocaram suas bases de dados disponíveis via Internet , utilizando-se dos serviços telnet, como o DIALOG (estritamente comercial) e-mail, ftp, archie, gopher, verônica, WAIS e WWW.

A INTERNET E A RECUPERAÇÃO DA INFORMAÇÃO

Considerações Gerais sobre a Internet

A cada dia surgem novos lançamentos que permitem dinamizar a recuperação de informação, como é o caso da Internet, que nasceu em 1969, como Arpanet, patrocinada pelo Departamento de Defesa Norte Americano - Defense Advanced Research Projects Agency (Darp) - com o objetivo de permitir que engenheiros e cientistas que trabalhavam em projetos militares em toda a América pudessem compartilhar computadores caros e outros recursos. A Arpanet original expandiu-se e suas ramificações formam a espinha dorsal do que chamamos hoje Internet.
A Internet é um mundo novo, colorido, quase sem limites, que simplificadamente pode ser definida como uma rede mundial de redes de computadores, interligando todos os continentes, alcançando mais ou menos 150 países. Significa dizer que a Internet tornou-se uma biblioteca cibernética universal, com vários bibliotecários, onde cada um utiliza um determinado serviço de pesquisa, para encontrar o que deseja na rede. Na década de 80, a rede proliferou no meio acadêmico.
No Brasil, os primeiros passos visando à conexão às redes internacionais foram dados pelo Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), ao se conectar com a University of Maryland em setembro de 1988. No mês de novembro do mesmo ano, foi a vez da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) com o Fermi National Laboratory (Fermilab) em Chicago. Posteriormente, em maio de 1989, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) conecta-se à University of California at Los Angels (Ucla), por intermédio da rede Bitnet1, visando à comunicação com pesquisadores de universidades e centros de pesquisa no exterior.
Em 1989, foi implementada a Rede Nacional de Pesquisa (RNP) que se tornou a ''espinha dorsal '' (backbone) dessa grande rede de computadores, rompendo paradigmas e nos colocando em plena revolução ''informacional''. O principal objetivo era promover e incentivar a troca de informações entre cientistas brasileiros e estrangeiros, permitindo um intercâmbio global de conhecimentos.
A Internet integra os esforços em redes acadêmicas no país. Ela independe da plataforma, isto é, pode se conectar a qualquer tipo de computador, inclusive PCs.
A estrutura tecnológica que permite o funcionamento da Internet são os protocolos2 ¾ Protocolo de Controle de Transmissão (TCP) e Protocolo Internet (IP).
O modelo de arquitetura dos protocolos da Internet se divide em quatro camadas [Soa-95], conforme mostra a figura 1:


Onde:
  • a camada 1 diz respeito às teconologias usadas para prover serviços aos usuários, como, Telnet, FTP etc.
  • a camada 2 diz respeito às tecnologias usadas para implementar a comunicação entre estações, no caso, o TCP.
  • camada 3 diz respeito às tecnologias usadas para realizar a abstração de inter-rede, no caso o IP.
  • a camada 4 diz respeito às tecnologias física e de enlace de dados usadas para transmissão ao nível do meio físico.
  • Define as características mecânicas, elétricas, funcionais e procedurais para ativar, manter e desativar conexões físicas que se destinam a transmitir bits entre entidades do nível de enlace [Soa-95].Temos como exemplos a Ethernet, Token Ring, X.25, ATM etc.
A literatura atual fornece informações sobre o mundo maravilhoso da Internet, mas a maioria dos usuários fica se perguntando como conseguir o acesso adequado, pois, dependente desse acesso, as ferramentas e serviços disponíveis variam enormemente.
Os tipos de acesso são:
  • Emulação de Terminal - neste caso o computador serve como porta de entrada para outro computador.
  • Acesso TCP-IP Completo:
    Þ   Acesso Dedicado - neste caso, o computador é sempre um membro da Internet. É a única forma para fornecer serviços na Internet.
    Þ   Acesso Discado - neste caso, o computador é um membro da Internet no momento que desejar.
Considerando o acesso TCP-IP Completo, a Internet oferece vários serviços [Cri-94], [Liu-94], [Hah-95], dentre os quais citamos:
  • Correio Eletrônico (Electronic Mail ou e-mail) - é uma das ferramentas mais utilizadas que implementa um sistema de troca de mensagens eletrônicas entre pessoas, instituições e empresas.
Cada endereço eletrônico é único, na maior parte do mundo é constituído pela seguinte lógica: usuário@computador.
Exemplo: ceni@dsc.ufpb.br, onde:
  • ''ceni '' - identificação individual do usuário na Internet
  • ''@ '' - este símbolo é lido como ''at '', que significa ''em ''
  • ''dsc.ufpb '' - computador no qual a conta do usuário está localizada
  • ''.br '' - significa o país ao qual a máquina pertence
Nos Estados Unidos, os endereços não respeitam esse padrão, utilizam siglas que identificam os tipos de organizações, como "com ''- comercial; ''edu ''- educacional; ''gov ''- governo; ''mil ''- militar e ''net ''- redes.
Por intermédio da tecnologia Multipurpose Internet Mail Extensions (Mime) é possível transmitir documentos multimídia.
  • Telnet ou Emulação de Terminal - é uma ferramenta que permite a conexão a partir de um computador a um outro computador na rede. Uma vez conectado, funciona como se você estivesse à frente de uma máquina que pode estar no outro lado do mundo.
  • Finger - é um serviço que permite solicitar informações sobre determinado usuário. É um sistema cliente/servidor3, pois age pelo usuário e solicita a informação ao computador apropriado. No computador remoto, o servidor Finger fica aguardando a tal solicitação. Segundo Harley & Rick [Hah-95], o Finger oferece três tipos principais de serviço:
a) Exibir informações públicas sobre qualquer usuário de um host 4Internet qualquer, o que varia de host para host. Muitos hosts divulgam apenas as informações básicas, como a informação do host que a pessoa usa, o userid, o úlltimo ou o primeiro nome. O serviço Finger pode exibir toda, ou parte da seguinte informação:
Þ o userid da pessoa
Þ o nome completo da pessoa
Þ o userid está logado no momento
Þ a última vez que alguém se logou usando aquele userid
Þ se o correio já foi lido
Þ um número de telefone
Þ um endereço comercial
Þ informação que a pessoa preparou especialmente para o público em geral ( por exemplo, o horário comercial )
b) Para checar quem está usando o host Internet no momento, mostrando toda, ou parte da seguinte informação para cada userid logado:
Þ userid
Þ nome completo
Þ quando o userid se logou
Þ quanto tempo passou desde a última atividade naquele terminal
Þ número de telefone e informação comercial
Þ nome do computador ou terminal no qual a pessoa se logou
c) Para se comunicar com certos hosts Internet que foram organizados para oferecer outros tipos de informação.
Basicamente o uso do serviço Finger é para exibir informação pública sobre uma pessoa em particular.
  • Talk é um serviço que estabelece uma conexão entre seu endereço no computador e um outro usuário ligado no mesmo momento, possibilitando manter uma conversação com uma pessoa que fisicamente pode estar do outro lado do mundo. As duas pessoas podem escrever ao mesmo tempo, cada uma utiliza uma metade da tela. Funciona como um telefone, sendo que ao invés da voz, utiliza-se a escrita.
  • Protocol de Transferência de Arquivos (FTP) é um serviço que consiste em disponibilizar para os usuários da rede, programas e arquivos armazenados em diversos servidores espalhados pelo mundo. É o principal método para transferência de arquivos entre computadores na rede.
  • Archie é um serviço que permite ao usuário encontrar o que deseja com relativa facilidade em banco de dados mantidos em computadores em lugares diferentes conectados na Internet. O usuário fornece o assunto do seu interesse e ele lista todos os sites com os respectivos diretórios onde se encontra algo parecido ou igual ao que você solicitou, que poderá ser copiado via FTP. Funciona como um catálogo geral do FTP.
  • Gopher, desenvolvido na Universidade de Minnesota, é um serviço de recuperação de documentos que se apresenta mediante sistemas de menus hierárquicos, a partir dos quais pode acessar virtualmente qualquer tipo de informação textual.
  • Very Easy Roadent Oriented Net wide Index to Computerized Archives (Veronica) é um localizador de informações que utiliza palavras-chave para procurar em todos os servidores gopher.
  • Wide Area Information Service (WAIS) é um serviço que pesquisa vários grupos de dados também chamados de source ou fonte, a partir da indicação da palavra-chave e da fonte desejada, que podem ser mais de uma. O WAIS se conectará aos computadores que contêm as fontes e pedirá a eles para conduzir a pesquisa. Assim, toda ocorrência em todos os artigos nos bancos de dados especificados serão pesquisados e, em seguida, será exibida como resultado uma lista de artigos ou citações. Essa lista é apresentada por intermédio de menus com os assuntos mais relevantes no início. O WAIS considera artigos mais relevantes aqueles com maior número de ocorrência da palavras-chave. Após selecionar o ítem do seu interesse, o WAIS recupera o texto, exibindo-o em seu monitor, ficando disponível para salvar em um arquivo. O protocolo padrão é o Z39.50, que fornece os procedimentos uniformes para a recuperação de informação bibliográfica remotamente.
  • Internet Relay Chat (IRC) é conhecido como o local de bate-papos da Internet, possibilita manter uma conversa sobre um determinado assunto com uma pessoa ou um grupo de pessoas espalhados no mundo.
  • Mailing List permite interação com usuários na rede sobre os mais diversos assuntos, onde as discussões são conduzidas por correio eletrônico.
  • Usenet Newsgroups forma um grupo de discussão com a troca de mensagens. Esses grupos são organizados hierarquicamente, por tópicos e subtópicos, como, por exemplo:
''alt ''- grupos alternativos, sem moderador, vale tudo;
''comp ''- sobre computadores;
''brasil ''- sobre o Brasil;
''net ''- sobre redes;
''rec ''- entretenimento;
''sci ''- discussões científicas etc.
  • World Wide Web ou Web (WWW) ¾ a Teia Global - é, sem sombra de dúvidas, a ''revolução'' da Internet. É uma coleção de documentos hipertextos ligados entre si, criando um mundo de informações digitais que envolve texto, imagens e sons, constituindo-se em um dos maiores acervos multimídia que integra as tecnologias de comunicação, transmissão de imagens e sons, criando uma verdadeira rede de difusão de conhecimento [Ins-96]. As páginas multimídias da WWW são manipuladas por programas especiais chamados de browsers, ou Cliente Web.
Cada conexão é referenciada por um único nome, chamado de Uniform Resource Locator (URL). Os URLs permitem que os programas browsers identifiquem e localizem as referências de cada serviço, constituindo assim as suas ligações que podem estar em outros servidores, como Gopher, Wais, FTP.
O protocolo de comunicação entre browsers e servidores Web5 é o Hiper Text Transfer Protocol (HTTP), que possibilita a transferência de documentos hipertexto, mas os browsers Web também se comunicam com outros servidores, e um servidor WWW pode se comunicar com outro servidor por meio de gateway6, como mostra a figura 2:


Catálogos Web e Ferramentas de busca

Na Web não existe um diretório oficial universal consolidado de endereços devido ao crescimento constante de informações sobre uma variedade de assuntos. Considerando esse fato, algumas empresas independentes oferecem catálogos Internet e mecanismos de busca que permitem localizar determinada informação sem necessariamente conhecer sua URL. Estas ferramentas permitem a recuperação de informação sobre os mais diversos assuntos.
Atualmente existem vários catálogos, serviços de pesquisa bibliográfica na Web, alguns específicos como STN International, Dedalus, Biblioteca Nacional, Bookpool, e outros genéricos, como Altavista, Yahoo, Lycos e Cadê?.
A seguir, faremos uma breve descrição sobre algumas das mais comentadas e usadas ferramentas de busca:
  • Excite, criado recentemente pela Architext Software, oferece duas ferramentas de navegação em separado: NetSearch, que permite procurar, simultaneamente, os grupos de notícias Usenet via texto simples ou pelo teclado e o endereço Web; NetReviews, que oferece artigos Web organizados por assuntos.
  • Altavista, desenvolvido em 1995, no Laboratório de Pesquisa Digital, Palo Alto, Califórnia, por uma equipe de técnicos e colocado em uso a partir de 15 de dezembro do mesmo ano. Permite acessar mais de 30 milhões de páginas Web em mais de 275 mil servidores e três milhões de artigos de 14 mil Usenet news groups. É uma ferramenta poderosa, conhecida e usada mundialmente por milhões de pessoas, considerada por muitos, a ''memória de elefante da Internet '' pela sua abrangência, utiliza robôs para manutenção das sites7, oferece pesquisa simples, por palavra-chave e avançada por frase, elimina pontuação e caracteres especiais como, $, %, /, \_, &, etc.
  • Lycos, um dos mais abrangentes e poderosos localizador de páginas na Web. Seus recursos exclusivos incluem busca por texto e uma lista dos 250 endereços Web mais populares.
  • WebCrawler, criado pela America Online, utiliza robô para coletar e indexar as páginas Web, oferece busca rápida e simples a partir de um índice baseado em conteúdos.
  • Whole Internet Catalog, criado pela Global Network Navigator, é uma lista de 1.200 endereços Web gratuitos. Apesar de muito bem organizado por tópico, não possui um mecanismo de busca.
  • Yahoo!, criado em abril de 1994, por David Filo e Jerry Yang, na época, estudantes de engenharia elétrica da Universidade de Stanford. Inicialmente começaram a catalogar servidores Web, com o objetivo de ajudar as pessoas a navegarem no imenso volume de informações existentes. Esta ferramenta tornou-se rapidamente popular, por oferecer mecanismo de busca associado a uma lista de sites agrupados por assunto. Em fevereiro de 1995, a Netscape Communications criou um link 8de dentro do seu paginador para o Yahoo!, mediante o emprego do botão ''Net Directory '', colocando à disposição computadores e linhas telefônicas. Incluem como recursos a Web Launch - serve para anunciar ao mundo seu novo endereço Web. Os seus serviços são gratuitos aos usuários.
  • InfoSeek oferece busca na Internet, tanto gratuita quanto paga. Gratuitamente cobre localidades Web e grupo de notícias, retornando apenas 10 resultados por unidade de cada busca. Encontra-se freqüentemente congestionada. Já o serviço pago oferece diferentes planos de pagamentos e acesso a diversos e peculiares banco de dados de notícias, além de fornecer uma conexão mais rápida.
  • Cadê?, Índice Geral da Internet em Português - oferece um catálogo dividido em grandes áreas que abrange ciência e tecnologia, compras, cultura, educação, esportes, finanças, governo, indústria e comércio, informática, Internet, lazer, notícias, referência, saúde, serviços, sociedade, os provedores de acesso com suas respectivas tarifas, bem como uma ferramenta que utiliza busca simples por palavra-chave e elimina todos os caracteres especiais da língua portuguesa (não significativos). As palavras pesquisadas devem conter no mínimo dois caracteres, e não se faz distinção entre letras maiúsculas e minúsculas. A pesquisa é realizada no endereço (URL), no nome da página e na sua descrição. Oferece ainda o cadastramento do usuário.
  • Yaih? O diretório da Internet Brasil - , criado pela Rede Nacional de Pesquisa (RNP), oferece um catálogo dividido em grandes áreas, que abrange artes, ciência e tecnologia, ciências humanas, computação e Internet, educação, entretenimento, governo, negócios e economia, notícias e recreação, referência, regional, saúde e sociedade e cultura e uma ferramenta de busca que utiliza busca simples por palavra chave e composta utilizando os operadores booleanos ''and '' e ''or ''. Oferece ainda a inclusão de novos URLs.
  • SEI-Bib Serviço de Informação Bibliográfica - , este serviço é de nossa autoria [Tei-96], está em fase de desenvolvimento na Universidade Federal da Paraíba e atualmente já oferece um catálogo Web especializado em informação bibliográfica, contendo informações sobre bibliotecas, editoras, jornais, livrarias, revistas, sistemas de recuperação de informação e universidades, assim como uma ferramenta de busca que permite ao usuário efetuar pesquisas nos mais diversos serviços de recuperação bibliográfica disponíveis na Web. Posteriormente, serão acopladas novas funções a esse serviço.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As ferramentas de busca Web são, sem sombras de dúvidas, a melhor opção para efetuar pesquisas na Internet.
A cada dia nos deparamos com novas e sofisticadas ferramentas que oferecem diversas formas de realizar as buscas. Conseqüentemente, cresce a dificuldade na escolha da ferramenta adequada que permita ao usuário economizar tempo e dinamizar suas pesquisas.
Com toda essa gama de informações disponíveis, conforme mencionado por Ferreira [Fer-94], torna-se necessário o estabelecimento de programas de capacitação do profissional de informação, de modo a torná-lo apto a usar os recursos da Internet e identificar estratégias eficientes para sanar necessidades informacionais de seus clientes, ou ainda para capacitar esses clientes no uso mais adequado daqueles recursos.
Atualmente, é possível efetuarmos visitas em bibliotecas via Internet, e temos na Web várias publicações disponíveis, tais como, livros, revistas, jornais etc.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[Cua-89] Cuadra Directory Online Databases. Cuadra/Elsevier, New York,1989.
[Cun-94] CUNHA, Murilo Bastos. As tecnologias de informação e a integração das bibliotecas brasileiras. Ciência da Informação, v.23, n.2, p.182-189, maio/ago.1994.
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[Fer-94] FERREIRA, Sueli Mara Soares Pinto. ‘Introdução às redes eletrônicas de comunicação’ Ciência da Informação, v.23, n.2, p.258-263, maio/ago.1994.
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[Hah-95] HAHN, Harley & STOUT, Rick. Dominando a Internet. São Paulo, Makron Books, 1995. 853p.
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